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Febre infantil: quando se preocupar e como agir

18 Dec 2025
Saúde
Febre

A febre é um dos motivos mais comuns de preocupação dos pais, mas também é uma resposta natural do organismo da criança para combater infecções.

Definimos febre quando a temperatura axilar (debaixo do braço) é superior a 37,5°C. Embora ver o termómetro subir assuste, é importante lembrar que a febre em si não é uma doença, mas sim um sintoma de que o corpo está a reagir. Na maioria das vezes, febres baixas a moderadas indicam infecções virais simples (como constipações) que passam com cuidados em casa.

O que fazer em casa diante da febre: Mantenha a criança confortável e bem hidratada. Vista-a com roupas leves (evitando agasalhos em demasia) e ofereça líquidos com frequência (água, leite, ou soro oral se recomendado) para prevenir a desidratação. Pode dar um banho tépido (água morna, não fria) para ajudar a refrescar se a criança estiver muito quente. Se a temperatura ultrapassar os 38°C e a criança estiver incomodada ou com dores, pode administrar um antipirético adequado (como paracetamol ou ibuprofeno, na dose recomendada pelo pediatra de acordo com o peso da criança). Evite medidas caseiras inadequadas, como usar álcool para esfregar a pele (não ajuda e pode ser tóxico) ou agasalhar demasiado a criança achando que irá “suar” a febre – essas práticas podem ser prejudiciais. Em vez disso, mantenha-a em repouso num ambiente arejado e vigie a evolução dos sintomas. Evite contagiosidade.

Quando recorrer ao pediatra ou ir ao hospital? Algumas situações requerem avaliação médica imediata. Esteja atento aos seguintes sinais de alerta durante um episódio de febre:

  • Idade do bebé: Se o seu bebé tiver menos de 6 meses e apresentar febre (≥38°C), deve ser avaliado por um médico o quanto antes. Em bebés tão novos, a febre pode ser o único sinal de uma infecção potencialmente grave.
  • Febre muito alta ou prolongada: Febres acima de 38,5°C que não melhoram com medidas apropriadas ou antipiréticos, justificam uma avaliação.
  • Estado geral alterado: Se a criança está muito prostrada, sonolenta demais, irritável ao extremo ou apática, ou se chora sem parar e nada a consola, procure ajuda. O comportamento da criança é um indicador importante – uma criança que mesmo com febre ainda brinca ou responde normalmente, em geral está em condição menos grave do que aquela que está “murchinha” e desconectada.
  • Sintomas associados preocupantes: Dê especial atenção se houver dificuldade respiratória (respiração ofegante ou muito rápida), vómitos persistentes, convulsões, manchas na pele arroxeadas, rigidez na nuca, dor de cabeça muito forte ou dor ao urinar. Esses sinais acompanhados de febre precisam de avaliação urgente.

Em caso de dúvida ou se simplesmente não se sentir seguro, entre em contacto com o pediatra. É sempre melhor esclarecer as preocupações e identificar precocemente os problemas e ter controlo sobre a situação clínica do seu filho. Lembre-se: a febre não é uma condição normal na infância e, embora na maioria dos casos a situação tenha uma evolução benigna, não se pode excluir de imediato que não possa evoluir para uma condição mais grave. O pediatra está ao seu lado para orientar e garantir que tudo corra bem.

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